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Vendas: Modelos Antigos Continuam em Alta

Vendas: Modelos Antigos Continuam em Alta Volkswagen Fusca (Foto: Fabio Aro)

Pode parecer papo de quem tem saudades das décadas de 1970, 80 e 90, mas, acredite: modelos como Volkswagen Fusca e os Chevrolet Monza, Chevette e Kadett estão, até hoje, muito bem representados no ranking de vendas de usados que a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulga a cada mês.

Essa turminha de outros carnavais figurou a maior parte de 2012 entre os 30 mais vendidos no País, desbancando vários modelos em produção, o que continuou ocorrendo até março de 2013. O grande destaque é o amado Fusquinha, que travou um duelo muito interessante com o Ford Ka ao longo do ano passado. Além de cravar a incrível 10ª posição nos meses de fevereiro, março e maio, o Besouro registrou volume maior de negócios em agosto, quando ficou em 11º, com 13.713 unidades comercializadas.

Em fevereiro e março, além de desbancar o pequeno Ford, o Fusca ficou logo abaixo do Fiat Siena, bom de venda entre os usados. O Ka também ficou atrás do veterano VW nos meses de maio e junho.

Outra “disputa” interessante de 2012 foi travada entre Chevrolet Monza e Honda Fit. O antigo sedã, que passou a maior parte do ano na 20ª posição, deu um baile no moderno monovolume de janeiro a setembro!

Mais veterano ainda, o Chevette mostrou suas garras e, em fevereiro, em 25º (5.101 unidades negociadas), teve à sua frente o Renault Clio (5.465) e superou o Ford Fiesta Sedan. Já o Kadett, na 29ª posição no mesmo mês (4.812), ficou logo atrás do Chevrolet Prisma (4.852). A dupla de clássicos, fora de linha há tempos, ainda travou uma briga particular, com vantagem para o Chevette.

Esse cenário deixa a inevitável pergunta no ar: é normal que isso aconteça num dos mercados mais promissores do mundo? Segundo especialistas, sim. “A compra de um veículo é motivada, principalmente, por razões econômicas e, em muitos casos, sentimentais. Isso impulsiona a venda de modelos como esses, embora poluam e consumam mais”, avalia Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.

O executivo também lembra que o mercado nacional foi dominado, por décadas, por quatro grandes fabricantes (Ford,General Motors, Volkswagen e Fiat) e que os grandes volumes produzidos por eles ainda fazem parte de nosso mercado.

“Outro aspecto importante é que esses veículos são baratos e, em geral, oferecem baixo custo de manutenção. Sua longevidade está ligada a isso e também ao fato de terem marcado época, de terem sido produzidos em grandes quantidades”, diz Meneghetti.

Elias Fallani Jr., vendedor da Private Collections (loja especializada em antigos), lembra que, em princípio, carros que tiveram alta produção acabam sendo menos valorizados. “Em tese, é isso, mas o preço costuma subir quando sobram poucas unidades em bom estado.” A boa conservação e a procura maior por determinado modelo também podem alterar muito o seu preço.

Segundo Carlos Campos, diretor sócio Sênior da Prime Action Consulting, o maior volume de negócios com usados se dá no interior. “Saindo de São Paulo, por exemplo, pela rodovia Régis Bittencourt em direção ao sul, já é possível ver uma quantidade maior de Fuscas e Kombis, entre outros antigos, em Taboão da Serra. Em Itapecerica da Serra, a proporção é ainda maior. Isto acontece em todas as regiões do País.”

Em sua visão, esse panorama depende de alguns aspectos para mudar. “Para os bancos, conceder crédito para segmentos de baixa renda é muito arriscado. As taxas são sempre mais interessantes para quem pode adquirir um zero quilômetro, por conta da renda salarial maior que, em tese, garante o pagamento das parcelas.”

O especialista acredita que um programa bem estruturado para a renovação da frota seria uma excelente ideia para o País, pois poderia aproximar também os consumidores menos favorecidos de modelos novos, ou seminovos.

Apesar disso, Campos lembra que muitos desses velhinhos estiveram entre os carros mais vendidos e/ou mais desejados, fato que também justifica sua permanência entre os 30 mais vendidos.

Só antigos na garagem

Foi justamente o desejo que determinou a escolha do técnico em eletrônica Carlos Freire, que não troca seu Chevrolet Monza GLS 1996 por nada. O sedã é seu carro de uso pelas ruas paulistanas desde 1999. “Eu o uso para ir ao trabalho, para passear e para viajar. Rodo, em média, 20 mil quilômetros por ano.” Valente, o Monza, que estava com 30 mil quilômetros rodados quando foi comprado, já chegou aos 265 mil.

Fanático, na verdade, pela linha Volkswagen, o técnico comprou o primeiro Monza por acaso, em 1994, quando estava com a intenção de adquirir um Santana. “Gostei muito dele, era um modelo 1987. Não quis mais saber de outros carros.”

O sedã foi trocado por outro, fabricado em 1991, que, mais adiante, deu lugar ao 96 atual. Freire, que também é consultor técnico do Monza Clube, admite que gostaria de comprar outro veículo para usar diariamente, uma forma de preservar seu Monza por muitos e muitos anos. Enquanto isso não ocorre, o Chevrolet continua cumprindo a nobre função de carro de uso.

Assim funciona também a frota do professor universitário Fernando Garçon. Fiel aos antigos Volkswagen, ele guarda num galpão joias como Fusca 1972, Fusca 73, Voyage 82, Parati 83 e Gol 83, todos com placas pretas, além de Voyage GLS 89, Gol GTS 92 e New Beetle 2002. “A cada dia rodo com um deles para resolver coisas do dia a dia”, comenta.

Garçon já se acostumou ao assédio dos moradores de Atibaia (SP), onde reside. Muita gente pede para fotografar seus clássicos, enquanto outros perguntam se o modelo está à venda. “Os que fazem essa pergunta sempre contam uma história relacionada ao carro que escolhi para rodar no dia, é divertido.”

Algo normal para quem tem paixão por antigos, coisa que o professor herdou de seu pai e que sua filha Fernanda, de apenas seis anos, já mostrou que tem. Com uma queda mais acentuada pelo Fusca 73, de cor azul, ela o rebatizou de “Azulzeto”.

Quando ainda morava em São Paulo (SP), Garçon chegou a usar, por um ano, um raro Chevette 1989 automático. “Era um carro muito bom para rodar pela cidade. Vendi para um colecionador, que tem um Chevette automático de 82.” É graças a consumidores como Freire e Garçon que os clássicos nacionais ainda terão um longo caminho a percorrer pelas estatísticas e pelas ruas do País.

Publicado em: 11/4/2013
Fonte: Revistaautoesporte.globo.com

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