Velocult promete manter a cultura do automobilismo viva no Brasil
Na última segunda-feira, 27, foi inaugurada a 3ª edição do Velocult, evento idealizado pelo designer Paulo Soláriz e que neste ano conta com o apoio da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo). A cerimônia aconteceu no espaço Cine Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na cidade de São Paulo, e contou com a presença de grandes nomes do automobilismo brasileiro.
Logo no piso térreo, o fã do esporte a motor pode observar diversos carros de corrida clássicos, variando desde um Stock Car da década de 1990, até uma Fórmula Indy pilotada pelo ítalo-americano Mario Andretti. O acervo conta também com o famoso Willys Interlagos de Bird Clemente e a clássica Carreteira nº18 de Camilo Cristóforo.
A Velocult conta também com uma grande quantidade de capacetes de pilotos tanto brasileiros quanto estrangeiros, a coleção passa pelos três campeões brasileiros da Fórmula 1 (Fittipaldi, Piquet e Senna), novos talentos como Bruno Senna e pilotos conhecidos da nova geração como Fernando Alonso.
O espaço conta também com uma boa variedade de troféus, com destaque para uma peça comemorativa a 100ª vitória de um brasileiro na Fórmula 1, no caso, o triunfo de Rubens Barrichello pela Brawn GP no Grande Prêmio da Europa em Valência na temporada de 2009.
A cerimônia em si, começou por volta das 21h e reuniu nomes importantes do jornalismo automotivo, como Reginaldo Leme, Lito Cavalcanti, Cláudio Carsughi e Celso Miranda. Os ex-pilotos também estiveram presentes, dentre eles, Emerson Fittipaldi, Alex Dias Ribeiro, Paulo Gomes, Bird Clemente e Bob Sharp.
Foi exibido um documentário contando um pouco da história do automobilismo brasileiro, começando pelo pioneiro Chico Landi, passando pelos títulos de Emerson, Nelson e Ayrton e chegando enfim aos dias atuais com os recentes triunfos de Rubens Barrichello, Felipe Massa, além das conquistas do Brasil nas 500 Milhas de Indianápolis.
Entretanto, o momento que mais emocionou a todos foi a apresentação de uma rara narração do primeiro título de Emerson na F1 pelo pai e radialista Wilson Fittipaldi. As imagens da Lotus preta e dourada cruzando a linha de chegada junto ao áudio do “barão” levaram Fittipaldi às lágrimas e arrancaram longos aplausos da platéia ali presente.
Sem dúvida, eventos como o Velocult são sempre bem vindos em uma cultura que costuma valorizar apenas aqueles que são vitoriosos ou que conseguem fama, quase sempre pela porta da Fórmula 1. A iniciativa de Paulo Soláriz nos faz pensar que talvez nunca tivesse existido um Senna se no passado não tivéssemos desbravadores como Bird Clemente, Emerson Fittipaldi e tantos outros.
A exposição vai de 28 de fevereiro a 17 de março no Conjunto Nacional, localizado na Av. Paulista, 2073. |