A Fiat lançou hoje no Brasil o mais emblemático de seus carros: o 500, com a esperança de que seja pronunciado não como um numeral, mas no “italianês” Cinquecento, responsável por boa parte do charme nostálgico que a marca deseja despertar mesmo em quem não viveu as décadas em que o modelo fez sucesso, entre 1957, quando foi lançado, até 1972, ano em que sua produção foi encerrada.
Relançado em 2007 na Europa, quando comemorou 50 anos, o 500 chega ao Brasil de olho no mercado Luxo Cult. O luxo se explica no preço: a partir de R$ 62,870. E o Cult, bom, o estilo moderno-clássico do italianinho é autoexplicativo.
Do alto do Morro da Urca, em uma das vistas mais deslumbrantes do Brasil e ao som de clássicos da bossa-nova, a Fiat apresentou à imprensa especializada o que considera a “síntese do desejo moderno”. O Cinquecento surge com a missão de disputar com os também pequenos grandes sedutores Smart e Mini Cooper. Para vencê-los, ele traz no bagageiro mais itens de série, uma coleção de prêmios, 40 ao todo (entre eles o Car of the Year 2008 na Europa, EuroCarBody 2007, AutoEuropa 2008, 2009 Design Car of the Year em Nova York e City Car of the Year 2009 na Inglaterra) e muito charme.
O Fiat 500 começa a ser comercializado em quatro versões, todas equipadas com motor 1,4-litro de 16 válvulas, a gasolina, com 100 cv de potência: Fiat 500 Sport (R$ 62,870), com câmbio de 6 marchas; Fiat 500 Sport Dualogic, com câmbio de 5 marchas (66,930); Fiat 500 Lounge, com câmbio de 6 marchas (64,900); e Fiat 500 Lounge Dualogic, com câmbio de 5 marchas (68,970).
O modelo é um hatchback de duas portas de dimensões compactas: tem 3,55 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,49 m de altura e entre-eixos de 2,30 m. Como equipamentos de segurança o automóvel oferece de série: sete air bags, ABS, ESP (Electronic Stability Program) e Hill Holder (sistema criado pela Subaru que deixa o automóvel embreado nas ladeiras. Ou seja, não ocorre o risco do veículo voltar para atrás).
Definido da forma mais paradoxal possível – suas características trafegam pelo antigo-moderno, inovador-refinado, esportivo-sofisticado, escolhido pela polícia australiana e para ser parceira da marca de roupas Diesel –, todas as suas formas remetem ao carro antigo, a lateral, por exemplo, é a mesma do modelo original, apenas um pouco mais alta. O interior segue o visual clássico-inovador externo, com cores e revestimentos marcantes.
Pensado para o público de luxo acima dos 30 anos, a campanha do carro terá a trilha sonora perfeita para seu intento, os clássicos-atuais Beatles. O modelo espera não só despertar uma nostalgia que você nunca teve, como também satisfazê-la com toda tecnologia que a modernidade é capaz de oferecer.
A previsão de vendas da Fiat é de 250 a 300 carros/mês. Aproximadamente 150 concessionárias se prepararam para receber o modelo, que não deverá ter uma exibição comum, 520 pontos de assistência e dois anos de garantia.
Pela reação que se viu aqui da imprensa, é muito provável que público tenha um sentimento parecido pelo italiano: amor à primeira vista.