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Alpine A110, o ícone frances do automobilismo

Alpine A110, o ícone frances do automobilismo

O engenheiro Jean Rédelé era um revendedor da Renault em Dieppe, França, quando, em 1951, começou a pilotar um 4CV preparado. Já no ano seguinte, venceu a classe de 750 cm3 nas Mille Miglia. No Salão de Paris de 1955, Rédelé apresentou o primeiro de seus esportivos de rua e rali, feito sobre o chassi do 4CV: o A106 – a marca os Alpine era homenagem a sua vitória na Coupe des Alpes em 1953. O carro já trazia aspectos comuns a todos os Alpine, como carroceria de materiais leves e motor preparado, traseiro como a tração. Uma variação conversível de desenho próprio, o A108, seria a base do mais famoso Alpine, o A110 Berlinette.

Alpine A110

Apresentado no Salão de Paris de 1962, esse cupê usava um motor do Renault R8 preparado. O chassi próprio do tipo espinha dorsal já existia desde o A108. A suspensão era composta por braços sobrepostos com molas helicoidais na frente e o braço oscilante do Dauphine com o mesmo tipo de mola atrás. Uma inovação era o quatro-cilindros com cinco mancais, com opções de até 956 cm3 e 55 cv. Usado em diversas provas, o esportivo não raro vencia em sua classe, mas o pódio na geral era mais remoto.

Alpine A110

Com a competição acirrada pela briga com a marca DB (no futuro, Matra), em 1963 surgia o A110 Berlinette Tour de France, com motor de 998 cm3 e 77 cv. Com o domínio da DB nas corridas, em 1969 Rédelé decidiu investir na Berlinette. Além do motor 1300 de 105 cv, já havia o 1600S, de 138 cv – eles levavam o A110 respectivamente a 160 e 210 km/h. Na Coupe des Alpes daquele ano, ele dominou o pódio.

Alpine A110

As fotos mostram um A110 S-Type 1300 1970, recentemente importado. O interior é justo, ele veste o motorista como um macacão, mas a caixa de roda toma espaço dos pedais. Pisa-se na embreagem com os dedos. É preciso inclinar o encosto para não bater a cabeça. A direção responde rápido e a precisão do câmbio impressiona. “O escalonamento é um dos melhores entre os carros de série que eu já dirigi, melhor que o dos Alfa Romeo”, diz Fábio Fukuda, nosso consultor técnico, que tem o carro sob seus cuidados. “Nas trocas, o giro não cai nem 700 rpm.”

Alpine A110

Por ter baixa cilindrada, o motor cresce rapidamente. Ele tem coletor e comando Ferri. O coletor é feito para trabalhar com a carburação Weber dupla – pode-se instalar da 34 à 44. Os discos de freio nas quatro rodas justificam a esperteza do sistema. A suspensão traduz na hora o piso e as respostas do motorista, firme sem incomodar em situações mais amenas. Há pouca inclinação nas curvas. O motor soa como o Ford CHT nacional. Rouco e forte, convida a acelerar.

Era nos ralis que o A110 se provaria. Em 1970 ele foi terceiro em Monte Carlo e venceu provas na Itália, Grécia e Córsega, entre outras. Eleita braço competitivo da Renault, a Alpine levou as três primeiras colocações em Monte Carlo em 1971 e faturou o Campeonato Internacional de Rally. Em 1973 a suspensão traseira ganhou triângulos sobrepostos. Dois anos depois veio um motor 1800 de 170 cv para competição. O motor 1300 deixou de ser oferecido em 1977, último ano do A110. Após 15 anos de vida, 8 203 unidades produzidas e vários troféus, estava provada sua valentia nas ruas e nas pistas.

Publicado em: 4/1/2011
Fonte: Quatrorodas.com.br

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