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De Tomaso Pantera: estilo italiano

De Tomaso Pantera: estilo italiano

De Tomaso Pantera GTS: raridade com tempero italiano e a força bruta do V8 de 440 cavalos, feito pela Ford

Como fazer um puro-sangue esportivo? Bem, vou dar uma receita simples. Primeiro contrate um experiente projetista. Em seguida, acrescente um motor de muitas polegadas cúbicas. E escolha um nome sugestivo que consiga chamar a atenção para todos esses ingredientes juntos, além de afinado o bastante para ficar gravado na memória das pessoas.

Tarefa difícil? Nem tanto. O argentino Alejandro De Tomaso estava com mil idéias na cabeça no final dos anos 60. Seu nome já era conhecido, mas ela precisava de algo mais. Por essa razão teve a genialidade de juntar o melhor de dois mundos: a fama das macchinas italianas com a potência dos motores da terra do tio Sam. O mito estava a caminho.
 
Para o desenho da carroceria contou com o talento de Tom Tjaarda, do estúdio Ghia, que acabou por produzir uma obra de arte fora da tela. O coração 351 V8, com 330 cavalos brutos, veio de uma parceria com a Ford e entrou em perfeita sintonia com o projeto.

Mas e o nome? Bom, para isso Alejandro buscou inspiração no reino animal. A Pantera, cujo nome científico é Panthera pardus, é um animal relativamente pequeno, mas com um desempenho magnífico. Suas garras são poderosas e podem destruir a presa com um só golpe. A presa que ele caçaria, neste caso, seria o Chevrolet Corvette. A partir daquele momento a “selva” automotiva nunca mais seria a mesma.


Dessas quatro saídas de escape é que o V8 mostra o quanto ronca forte.  Linhas traçadas por Tom Tjaarda se tornaram clássicas

Toda essa história passava pela minha cabeça quando fui conhecer o exemplar da matéria pela primeira vez. Cheguei à “toca” do ardiloso felino e desci a rampa com o coração acelerado. Atrás do pilar, lá estava a fera, me observando debaixo da capa protetora. Bastou o carro ser descoberto e pronto: passei quase um minuto admirando as linhas esportivas e as belíssimas rodas de 17 polegadas calçadas com pneus Dunlop.

O clássico em questão foi adquirido pelo proprietário há exatamente 25 anos. Além de ser raro no país, esse é o único representante da versão GTS que roda por aqui. A tonalidade vermelha da carroceria evoca uma agressividade latente e uma pitada do DNA italiano que corre nas mangueiras que alimentos os enormes carburadores do V8.

Aliás, a título de curiosidade, vale a pena salientar que até pouco tempo existiam apenas sete unidades do modelo no Brasil. Os carros – pasmem – vieram de Angola, que tinha uma concessionária da marca nos anos 70. No ano passado mais quatro chegaram, aumentando a turma, mas deixando a aura de exclusividade em volta do carro.
 

Interior com revestimento de couro e a esportiviodade característica dos anos 70

Abri a porta e pude reparar no excepcional estado de conservação do habitáculo. Ele acomoda duas pessoas, sendo o passageiro com pouco conforto. Mas a sensação é boa. As pernas ficam um pouco esticadas, as mãos sentem o volante e o coração quase sai pela boca. Isso tudo antes de dar a partida.

O terceiro passageiro é o motor, que fica literalmente atrás do motorista. E que motor! O bloco original foi trocado por um “big block”, com nada menos do que 427 polegadas cúbicas, todo de alumínio. O veneno ficou a cargo de um carburador quadrijet, bielas e virabrequim de aço forjado da Crower e comando de válvulas Crane. São 440 cv brutos prontos para entrar em ação.

Mas espere. Antes de sair e descrever o passeio pelas ruas de São Paulo é importante dizer que este carro é um velocista de marca, famoso por participar de provas de “Quilômetro Lançado” e que tem sua média registrada entre os mais rápidos do Brasil. No último evento do gênero, realizado no ano passado, cravou suas garras na sétima marca, com uma velocidade média de 252,9 km/h. 
 

Usina de força: V8 427 polegadas cúbicas de cilindrada recebeu preparação para chegar nos 440 cavalos

Voltando à toca, silêncio absoluto. A partida foi dada. Concentre-se e imagine um ronco de V8. Agora multiplique isso por dez e terá idéia do barulho que faz esse mito em marcha lenta. Tudo parece ter perdido o sentido à sua volta. Algumas bombadas no acelerador e a pressão do sangue sobe na hora. Os manômetros monitoram a usina de força. Hora de ganhar a liberdade.

A primeira é invertida. O ronco é visceral. As marchas são trocadas com disposição na grelha. Uma brecha e asfalto liso. Hora de destilar um pouco de veneno. Os 6.000 giros chegam rápido e a velocidade também. Corpo colado contra o banco, tensão e um sorriso no fundo da alma.

Um folheto de época da marca dizia que na Itália os homens faziam carros com paixão. Realmente essa é uma máxima verdadeira com o Pantera. Alejandro De Tomaso faleceu há sete anos, mas seu legado permanece vivo – em todo o mundo – cada vez que uma de suas criações sai da garagem pra dar uma voltinha.

Publicado em: 22/12/2010
Fonte: Autonews

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