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Zodiac: o luxuoso europeu da Ford

Zodiac: o luxuoso europeu da Ford

Na Europa, os carros de luxo começaram a surgir no catálogo das montadoras na década de 1950. Nesta época, a Ford lançou o sedan Zephyr, que faria grande sucesso pelo conjunto acertado e um belo design. Em 1954 chegaria o top de linha Zodiac, o full size europeu equivalente ao Galaxie, ainda que os dois modelos não tivessem nada em comum, a não ser a proposta. 

Zodiac

O carro era um Zephyr com upgrade e alguns diferenciais: pintura em dois tons, painel de couro, rodas de metal e calotas integrais, acabamento diferenciado e spotlights, equivalentes ao nosso farol de milha. O motor era um seis cilindros em linha, 2,2 litros, que alcançava 130 Km/h de velocidade máxima. A Ford anunciava o novo modelo como o "carro cinco estrelas", já que as diferenças entre Zephyr e Zodiac se limitavam ao acabamento. O público queria mais do que isso, e o Zodiac herdava as linhas curvilíneas e a traseira achatada do Zephyr, o que não agradou seu público.

Zodiac

O carro de início não fez tanto sucesso, e em dois anos, pouco mais de 22 mil unidades foram vendidas. Em 1956, a Ford renovou o Zodiac com nova grade, e uma traseira mais elegante com um sutil rabo de peixe, e a inclusão de cromados nos frisos internos e também no painel.

Zodiac

Teve também a versão perua, a Estate, com pintura em três tons, que nunca fez sucesso, e devido à baixa produção, são bem raras. O motor teve potência elevada e o consumo que já era bom ficou ainda melhor, com médias de 6 Km por litro de gasolina (o antecessor fazia 5km/litro).

Zodiac

Esta fase foi a mais bem sucedida com 294 mil unidades fabricadas entre 1956 e 1962. A Ford estava em bom caminho na Europa, cujo traçado era feito com a beleza dos modelos Zephyr e o primo rico, Zodiac.

Zodiac

Em 1962 a Ford apresentou um carro totalmente novo. O Zodiac cresceu em tamanho, ficou mais seguro e mais interessante. Tinha excelente dirigibilidade, câmbio sincronizado, freios a disco, boa posição de guiar combinada com vidros amplos, sem pontos cegos. A traseira alta abrigava duas lanternas inclinadas, que davam um ar levemente esportivo ao carro.

Zodiac

A dianteira tinha um conjunto bem parecido com o Galaxie norte-americano. O motor com 109 cv, era o velho seis cilindros, mas que agora tinha 2,5 litros. A revista Motor Trend da época elogiou a velocidade final do carro; 162 Km/h com um motor seis cilindros em linha em com baixa compressão.

Zodiac

O carro vendia bem, mas os europeus legítimos como Mercedes Benz, Volvo e BMW cresciam ano a ano em segurança e conforto, o que balançou o progresso da Ford no Velho Continente. Em 1966 o carro mudou de novo, embora a base fosse a mesma da geração anterior. As linhas retas deixaram o carro mais clássico, e o fizeram parecer maior do que realmente era.

Zodiac

Na nova proposta, a Ford apostava em pequenos mimos para agradar o consumidor exigente. O carro agora tinha acendedor de cigarros, limpador e lavador de pára-brisa elétrico, hodômetro parcial, coluna de direção ajustável, bancos individuais e pequenos diferenciais de acabamento. Em termos mecânicos, nova suspensão independente e câmbio automático (incomum na Europa) opcional. Porém, o Ford Cortina, novo projeto ganhava espaço no catálogo da montadora, que primeiro retirou de linha o Zephyr, e em 1972, parou definitivamente a produção do Zodiac com a versão Executive.

Publicado em: 8/12/2010
Fonte: Autoshow.uol.com.br

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